NAS ENTRELINHAS DOS VERSOS

NAS ENTRELINHAS DOS VERSOS

22 de jul. de 2010

CONFISSÕES DE UMA ATRIZ

                                                                                                      Ana  Lúcia



Sou a atriz...
Uma atriz a representar!
A dançar no sétimo céu!
Sou como o efeito do éter... Anestesiante!
Sou a demência... 
a imprudência...
Sou um desatino constante.

Sou várias personas numa alma vivente.
Sou  uma estrela!.
Sou a mentira e  verdade
Sou indecente... decadente...
Sou o bem e o mal!
Sou a divina comédia...
Sou o drama!.
Sou a trama em alto astral.
..
Sou a atriz trancada num cenário criado...  
Mas, fechado por véu.
Suspensa na sala de um aranha-céu, 
Vivo à mercê de ser feliz!

ADEUS!

                                                                                    Ana Lúcia

Hoje eu disse adeus...
Adeus para os sonhos meus.
Adeus para os olhos teus.
Hoje eu disse adeus...
Pra minha lembrança.
Pra minha alegria.
Pra minha paixão.
Pra minha esperança.
Pra minha doce ilusão!
Hoje eu disse adeus...
Adeus para sempre...
...Para sempre adeus!

DELÍRIOS DE UMA SERPENTE

                                                                                                    Ana Lúcia

Quero ser tua naja indiana
e você o meu flautista.

Quero te enfeitiçar com o meu olhar!
Me deixe ser sua serpente.
quero ser atraída por teu pulsar.
Sim... eu quero te seduzir...
matar o desejo que tenho.
Vem ser minha caça...
somente você me apraz.

Quero você no meu ninho...
Para te devorar
Quero ver teus olh
os a brilhar

Num bote picar tua língua!
Pra matar a sede de te beijar
Quero me enroscar em você...
Ondular sobre o teu corpo
E destilar gotas do veneno
Que brotam do meu ventre.

Até te sufocar!
Vem... meu desatino...

Vem saciar meu apetite voraz...