Ana Lúcia
Vivo em meio às águas agitadas,
Sinto medo...
Não sei do que...
Medo do de mim!
Vivo em meio às águas atribuladas,
Sinto medo da tristeza, a minha impotência.
Medo do meu próprio medo.
Vivo em meio às águas turbulentas.
Sinto medo da solidão, da desilusão...
Medo da paixão...
Vivo em meio às águas profundas!
Sinto medo do medo.
Medo da incompreensão.
Vivo em meio a fúria das ondas!
Medo de tudo e do nada.
Que triste condição!
Vivo em meio às águas impetuosas
São tantos medos, medos infinitos!
Intransponíveis!
Medos eternos...Insuportáveis!
