NAS ENTRELINHAS DOS VERSOS

NAS ENTRELINHAS DOS VERSOS

10 de jul. de 2009

ENTRE O REAL E O IMAGINÁRIO



Ana Lúcia

É entranho ver pessoas aprisionadas dentro de cavernas. 

Pessoas que permanecem sempre no mesmo lugar, imóveis...
Com os braços, pernas, pés algemados  sem poder girar a cabeça nem para trás, nem para os lados.
Entretanto, há uma luz que penetra no interior da caverna.

Uma luz quem vem de fora, que reflete oque se a passava fora da caverna.
A luz que entra na caverna,  reflete as sombras das pessoas que passavam do lado de fora.
As pessoas  aprisionadas na caverna, jamais viram outra coisa, acreditam que as sombras são reais,  e não conseguem discernir o real do imaginário. 
Não podem ver o que é sombra, o que é imagem, nem as sensações reais fora da caverna.
Que triste! 
Pensam que a chama que se enxerga é a única luminosidade possível e existente.
Todavia nada é para sempre! 

E por uma força interior de querer conhecer o novo, uma pessoa que consegue se libertar e sair da caverna sente as dores pelos anos de imobilidade. 
Fora da caverna, no primeiro momento, a luz a deixa atordoada, olha ao redor e vê a luz do sol.
Percebe que que viu durante toda vida, eram somente sombras projetadas nas paredes da caverna.  
E agora
 pela primeira vez contempla a própria realidade. 
O que fazer? Ficar ou regressar a caverna?
Contar a todos o que viu e o que sentiu fora da caverna.
Voltar ou não?
Contar para todas as pessoas o que existe fora da caverna? As pessoas acreditarão?
Se voltear será que acostumará com a escuridão e a tristeza dos que permanecem lá dentro?
O que fazer, então, silenciar-se, por medo de parecer estranha? 
Afinal é mais fácil viver assim, nas sombras, se escondendo?
E agora, pra você, como termina esta história?